terça-feira, 27 de março de 2012

Marilyn Monroe - Parte I

Em 1° de junho de 1926 nascia em Los Angeles, a pequena Norma Jeane Mortensen, que mais tarde tornaria-se a maior estrela do cinema norte-americano dos anos 50: Marilyn Monroe. Filha de Gladys Pearl Monroe, Marilyn jamais conheceu seu pai biológico, que muitos acreditam ter sido Charles Stanley Gifford. Sua mãe era editora de filmes, porém sofria de graves problemas psicológicos, o que acabou conduzindo-a a internação em um hospício. Durante este período, Marilyn foi criada pelo casal Albert e Ida Bolender, sendo que esta chegou a brigar com Gladys quando, em uma de suas visitas; após uma severa discussão onde Ida deixou claro que Gladys não tinha a menor condição psicológica de ficar com a criança, ela tentou levar a pequena Marilyn escondida numa mochila militar. Com tudo isso, Marilyn viveu grande parte de sua infância em casas de parentes e orfanatos, até que em 1937 mudou-se para a casa de uma grande amiga da família, Grace Mckee Goddard. Após frequentar o cinema diversas vezes ao lado de Grace, Marilyn passou a mostrar interesse pela sétima arte, tendo sido influenciada por Jean Harlow.

(Na foto ao lado: Marilyn Monroe e a "Tia Ana") Quando completou 9 anos de idade, foi surpreendida com o casamento de Grace e Ervin Silliman "Doc" Goddard, que já tinha uma filha. Porém, sem poder curtir a nova família, foi enviada ao orfanato, e após uma série de fracassos por parte da adoção, voltou para casa de Grace, onde começou um novo tormento com as frequentes tentativas de abuso sexual por parte de Doc. Em seguida, foi viver em Compton com uma tia-avó de Grace onde acredita-se, sofreu nova agressão sexual. As sequências de mudanças de endereço não lhe trouxeram nenhum benefício porém, ressalta em suas memórias que a melhor fase de sua infância foi ao lado de Ana Lower, a quem carinhosamente tratava por "Tia Ana". Em 1942, obrigada a voltar para casa de Grace, teve seu primeiro grande momento de decisão; transferido para outra cidade Doc concluiu que não teria condições de manter Marilyn, portanto deu-lhe duas opões: voltar para o orfanato ou casar-se com seu namorado. Eis, portanto, que no dia 19 de julho de 1942, aos 16 anos de idade, casou-se com Jimmy Dougherty; com quem viveu em harmonia por dois anos quando Jimmy entrou para a Marinha e foi transferido para o Pacífico Sul.

(Na foto ao lado: Marilyn Monroe e JimmyDougherty)Sozinha, começou a trabalhar na fábrica Rádio Plane Munition, onde foi descoberta pelo fotógrafo Davis Conover que se maravilhou com sua beleza e encanto. Em questão de dois anos, seu rosto estampava a capa de várias revistas, o que lhe propiciou a oportunidade de estudar teatro. Porém, em 1946 com a volta de Jimmy foi obrigada a tomar a segunda grande decisão de sua vida: o casamento ou sua carreira. Não hesitou em sua escolha, divorciou-se em junho do mesmo ano, e assinou seu primeiro contrato profissional com a 20th Century Fox dois meses mais tarde. A partir daí, uma nova decisão mudou completamente a sua vida, a ruivinha Norma Jeane tingiu os cabelos de loiro e transformou-se na incomparável Marilyn Monroe.


No próximo texto, falarei sobre sua carreira com destaque para os primeiros filmes produzidos e os grandes clássicos inesquecíveis. Além das parcerias que Marilyn fez ao longo dos anos com os mais renomados atores e diretores de sua época, e a trágica despedida desse fenômeno do cinema mundial.

14 comentários:

Dilberto L. Rosa disse...

Puxa vida, quer dizer que a veneração não passa somente por Buster Keaton como também por Marilyn?! Não tive oportunidade de ler tudo (prometo vir com calma depois e ler TODAS as postagens que já percebi sobre Monroe!), mas posso dizer que Norma Jean-May é e sempre será uma delícia, em todos os sentidos! Adoro-a em "O pecado mora ao lado" e no outonal "Os Desajustados" (que filme de despedida de mitos... Triste, triste...)!

Quanto à "menção honrosa" na postagem de Keaton, muito obrigado pela lembrança! Mas o que li sobre a tal rivalidade é que, sim, ela existia, e teria sido "consertada" no "final" com aquela homenagem tardia ao 'vaudeville' de "Luzes da Ribalta". Enfim, vai saber quem tem razão... Só muito cuidado ao dizer categoricamente que Buster foi o maior diretor de todos os tempos! Opinião pessoal não cheira bem quando se mistura com objetividade de frases feitas como essa! Melhor seria dizer "pra mim, ele foi o maior"... Afinal, TODOS nós sabemos que Chaplin foi o melhor de todos os tempos, não é mesmo - viu como fica chato, rs?!

Obrigado pelo "ilustre", mas não mereço tanto! Se a brincadeira foi em relação à demora, prometo voltar mais! Se foi por um certo "tom" do último comentário (duma postagem antiga tua, sobre Joan, elencada no Blogues de Cinema Clássico), talvez tenha parecido meio pernóstico, mas, garanto, não foi intencional (relendo-o agora,achei um tanto, rs... Mas realmente foi engraçado ver como cada leitor interpreta de um jeito o que lê): é que às vezes me surpreendo muito com o desconhecimento total de filmes, só porque antigos...

Abraço, minha cara: você tem espaço cativo nos Morcegos sempre!

Leonardo disse...

Olá Rubi!
Que bom que gostou da postagem. Eu tinha que fazer alguma coisa especial pra minha "idala' :D
A parte do top 10 serve na verdade é como sugestão, já que como você disse a maioria das pessoas não viu os filmes. Tinha outros filmes ainda que não citei mas que tambem gosto muito, como Um caminho para dois, quando Paris Alucina, o passado não perdoa, e por ai vai. Mesmo a ordem em que botei os filmes não chega a ser importante.

Sabe que eu vi poucos filmes com o Jack Lemmon? tenho que ver mais, pois todos os que eu vi ele está simplesmente perfeito. Gosto munto do papel de bruxo dele em Sortilégio do amor, e está ótimo tambem no clássico se meu apartamento falasse. E é claro, em Quanto mais quente melhor ele é um monstro.

Eu penso em fazer tatuagens, mas até hoje não decidi o que fazer. hahahaha. Tem tantas coisas que eu poderia fazer, não consigo escolher.

O meu conhecimento sobre a Marilyn Monroe começava em A Malvada, ou seja, eu não sabia de nada do que você postou agora. Toda essa parte da infância difícil, orfanato, abuso sexual, confesso que até me surpreendi. Interessante saber dessas coisas, as vezes a gente ve alguem rico e com sucesso e não sabe de tudo o que a pessoa passou pra chegar até la. A história com a 'tia Anna' é muito bonita.

A Marilyn era muito diferente com aquele cabelo ruivo hahahaha

Stephanie C. de Mello disse...

A vida dela foi muito intensa. Eu gosto disso.
Ela foi ela mesma e ponto.

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

Cada vez aprendo un poco mas gracias a tu blog,un abrazo.J.R.

Joicy Sorcière disse...

Essa sim foi uma mulher a frente de seu tempo!

Diva master!!! Linda e impulsiva... essa foi Marilyn!

Angel disse...

Uma garota sábia beija mas não ama, escuta mas não acredita e parte antes de ser abandonada.
Foi sábia desde o inicio rs
Marilyn Monroe

Jefferson C. Vendrame disse...

Ótimo texto Rubi. Resumido e completo ao mesmo tempo. Para quem deseja conhecer melhor a vida da atriz, seu Blog através dessa postagem presta o maior favor.Parabéns.

Marilyn Monroe se resume em uma única palavra:
TUDO!

Abraços

Bia Alencar disse...

Adorei Rubi! Tinha muita coisa sobre a Marilyn que eu não sabia :D E essa música de Elton John que você colocou... oh god! Ela é perfeita!! Abraços,

Aline disse...

E mesmo com tantos desafios na infância, ela deu a volta por cima e se tornou um símbolo da 7ª arte... Gostei da sua inciativa de contar um pouco da história da Marilyn Monroe...

Bruna Worspite disse...

É uma diva!
Adoro ela, é tão linda e inspiradora :D

Perfeito esse post!
Amei =)


Bjss
http://bruhworspite.blogspot.com.br/

Unknown disse...

Ela passou por uns maus bocados mesmo...
Poucos conhecem a trajetória por detrás do ícone...
Adoro este seu trabalho de informar quem nos entreteu!

;D

disse...

Poucos textos sobre o começo da vida e do drama de Marilyn são tão completos como este seu. Ela sempre foi uma grande inspiração (até para músicas, não é mesmo?). Estreou recentemente uma série chamada Smash, sobre os bastidores de um musical sobre a vida dela. Você já viu?
Beijos!

ANTONIO NAHUD disse...

Olá, Rubi, estou preparando um post sobre os meus blogs favoritos. Peço que preencha os seguintes dados:


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Descrever o blog: (em duas ou três linhas)

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Mande as respostas para o meu e-mail:
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O Falcão Maltês

Patrícia disse...

Nossa vc é muito fã da Marilyn mesmo, eu acho que ela nunca deveria ter deixado de ser ruiva, acho lindo e chique.
Em sua homenagem, no final da pagina do meu blog tem uma bonequinha dela lá, vc vai gostar .
Rubi fiquei muito feliz com seu lindo comentário...e sobre o filme da resposta Os homens se casam com as morenas, não acredito que ainda não viu, sério? Veja que vai gostar muito. Bjs

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