sexta-feira, 23 de março de 2012

The Seven Year Itch - O Pecado Mora ao Lado

Em 1952 George Axelrod levava aos palcos da Broadway a peça The Seven Year Itch, e devido ao grande sucesso alcançado, três anos mais tarde o diretor Billy Wilder conduziu esta comédia romântica as telas do cinema. No elenco fez questão de contar com o talento e carisma de Marilyn Monroe e Tom Ewell. The Seven Year Itch (O Pecado Mora ao Lado) narra as aventuras e desventuras de Richard Sherman (Tom Ewell) que, sozinho em Nova York após enviar a esposa Helen Sherman (Evelyn Keyes) e o filho para longe do intenso calor que acometia a cidade, envolve-se com a linda vizinha do andar de cima. Modelo encantadora, a jovem sem nome (Marilyn Monroe) ainda que sem intenção conduz o fascinado Sherman aos mais variados delírios. A medida em que Sherman vislumbra a possibilidade de tornar-se um marido infiel, passa a duvidar de si mesmo e da própria esposa, invertendo os papeis em sonhos conturbados onde o escritor Tom McKenzie (Sonny Tufts) aparece como o amante de sua esposa. Esses "repentes" conduzem o nosso personagem as mais ridículas situações, enquanto a jovem sem nome leva tudo em tom de pura amizade.

O filme marca aquela que sem dúvida alguma, ao lado do beijo de Burt Lancaster e Deborah Kerr em From Here to Eternity (A um passo da Eternidade) é a cena mais clássica de todos os tempos, o momento em que Marilyn está sobre as grades do metrô e tem o seu vestido branco erguido até os joelhos pelo vento provocado por um trem que passa sob ela. A cena foi tão marcante que o vestido usado pela atriz foi leiloado em junho de 2011 por 5,6 milhões de dólares. A trilha sonora de alta qualidade traz o trabalho de Rachmaninoff com a canção "Concerto para piano n.º 2" e de Euphemia Allen com a canção "The Celebrated Chop Waltz" conhecida por Chopsticks, entre outras.


Bastidores: Billy Wilder e a 20th Century Fox - A influência de Edwin Stanton Porter
Único filme de Billy Wilder lançado pela 20th Century Fox, The Seven Year Itch é considerado pela crítica um dos melhores trabalhos de Marilyn Monroe. Filmado entre 1° de setembro e 4 de novembro de 1954, muitas cenas foram cortadas pois poderiam ser consideradas indecentes para a época, contudo, isto não impediu que o filme se tornasse um sucesso de bilheteria, e projetasse Marilyn como a maior estrela de cinema e símbolo sexual de sua época. Curiosidade à parte, a peça teatral de George Axelrod trazia Tom Ewell e Vanessa Brown nos papeis centrais e cogitou-se a escolha de Walter Matthau para o papel de Sherman no filme, porém Wilder optou por manter Tom Ewell e substituiu Vanessa por Marilyn. Listado na American Film Institute, vencedor do Globo de Ouro na categoria de Melhor Ator (Tom Ewell) e indicado ao BAFTA na categoria de Melhor Atriz (Marilyn Monroe), atualmente o filme está disponível em DVD.

A inesquecível cena do vestido de Marilyn sendo levantado pelo vento é comparada a cena semelhante vista no curta-metragem de Edwin Stanton Porter (mesmo diretor do clássico The Great Train Robbery - O Grande Roubo do Trem de 1903) "What Happened on Twenty-third Street, New York City" de 1901. O curta de aproximadamente 90 segundos pode ser conferido aqui.

12 comentários:

Leonardo disse...

Olá Rubi!
Quando eu fui assistir esse filme eu tinha uma expectativa enorme, por ser dirigido pelo grande Billy Wilder, e por ter a Marilyn. Mas pra mim o filme tem um erro enorme, que é o fato de ser concentrado de mais no personagem do Tom Ewell. A Marilyn é quase coadjuvante no filme, o que me incomodou muito. Acho que teria sido melhor se ela tivesse aparecido mais. Acho a atuação do Tom Ewell um pouco exagerada. Imagino que em uma edição que não tivesse o problema com a censura esse erro não aconteceria, e o filme seria melhor. Eu até gosto dessa obra, mas pela expectativa que eu tinha antes de ver acabei me decepcionando um pouco.
Esse curta com a cena semelhante do vestido eu não conhecia, certamente tem uma inspiração.
Eu perdi a postagem logo do quanto mais quente melhor que é meu preferido com a Marilyn, irei la comentar :D

Leonardo disse...

Sobre a tatuagem, acho que ficaria legal fazer da Marilyn :D
Mas pra fazer uma tattoo com rosto de pessoa tem ser ser um tatuador bom, é bom falar com pessoas que fizeram pra ver quem elas indicam, assim não corre o risco de fazer com qualquer um.
Olha o que eu achei, um video que mostra varias tattoos da Marilyn
http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=gcKX4ogHz1k

Bia Alencar disse...

Eu assiste este filme recentemente!! É ótimo, e vale a pena ver O pecado mora ao lado, apenas para ver o vestido de Marilyn Monroe subindo com o vento do metro :D Ótimo post!

disse...

Que interessante coincidência! Um vestido também foi levantado, à moda de Marilyn, em um filme do pioneiro Porter! Será que as plateias de 1901 ficaram escandalizadas? (Lembre-se de que o beijo filmado por Edison em 1894 chocou o público!)
Beijos!

Claudia Alves disse...

Olá Rubi, que saudades de vir aqui nesse seu blog que é maravilhoso! Bom, maravilhoso é apelido, o allclassics é demais e um dos meus preferidos. O pecado mora ao lado, esse eu assisti, deixa o telespectador preso e vidrado o tempo inteiro e a Marilyn Monroe, francamente. Não dá nem pra comentar de tão maravilhosa que ela foi em sua atuação, não só nesse filme, mas em todos seus trabalhos e esplêndida em sua vida.

ANTONIO NAHUD disse...

Se fosse obrigado a escolher uma única comédia em toda a história do cinema, ficaria com essa. a abertura é sensacional.

O Falcão Maltês

@qFernando disse...

Cena clássica demais, nunca vi o filme (e pra falar a verdade, até ler seu post nem sabia sobre o que ele se tratava) mas achei legal atgé.. sem contar que pelo jeito 2012 vai ser o ano da Marilyn né, com filme e referencia em todos os lugar (inclusive numa série chamada Smash, já viu? acho digno)... nao sei qual o motivo, mas tem se falado muito na Marilyn ultimamente...

Ps.: Tô com blog novo pra falar de "clássicos" tmb.. mas só daqueles clássicos dos anos 90 e 00, tão bagaceiros que eu domino muito conhecimento sobre (cada um com a cultura que merece né..ahuhauaha), vou continua postando no Titulo Bacan, mas se puder dar uma passadinha e comentada no novo pra ajudar.. sabe como é blog novo né...http://anteontemmusical.blogspot.com.br/

Bjs, boa semana!

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

Muy interesante siempre aportas cosas nuevas,feliz semana, un abrazo.J.R.

Bruna Worspite disse...

Este é clássico!
Adoro e adorei relembrar :D


Bjs
http://bruhworspite.blogspot.com.br/

Anônimo disse...

Uauu..Amei seu blog e já estou seguindo.
Hey, o que achei interessante foi o fato de, nessa época, as mulheres sabiam ser sensuais, desejadas, mas sem aquela aparência vulgar de hoje, neh? A Marilyn sabia fazer isso. Linda linda.
Virei sempre que puder, tá?
Se quiser me fazer uma visitinha, fique a vontade.
Bons posts.

Beijos da Cléo
http://vejoporai.blogspot.com.br/

Blog UaiMeu! disse...

Oi Rubi;
Estou amando esses seus posts... cada dia melhores. Esse filme é fantastico. A famosa cena do ar levando o vestido... incrível.
Coisas simples que são guardadas na memória de todo bom expectador de cinema.
Um grande abraço
Renata

Jefferson C. Vendrame disse...

Rubi, Bom Dia.

Tenho grande admiração por esse filme. Em primeiro lugar por ele ser um grande clássico da comédia e do cinema em geral, e em segundo obviamente pelo forte brilho enigmático da atriz principal que dispensava até nome em seu personagem mediante a sua mágica presença de tela. É sem dúvidas o Ápice de Marilyn Monroe. Eu costumo emprestar esse filme também a amigos, e eles se surpreendem com a leveza, pureza e gostosa comédia que hoje ele apresenta, completamente diferente de quando fora lançado, já que foi tão censurado e ocasionando até mesmo o divórcio da loura (ainda bem pq aquele narigudo do Di Maggio era muito feio pra ela). Enfim, o filme é perfeito.
Adoro as sequencias em que Richard se flagela na cena do espelho, satirizando o filme O Retrato de Dorian Gray, ainda tem as ótimas sátiras de A Um Passo da Eternidade, é muito bom,completamente.

Um único apesar, é a tela minúscula em Widescreen lançada recentemente pela Fox, o filme em Cinemascope na telona do cinema é ótimo, mas na tela da tv, se perde muito, independente do tamanho da tela. Lamentável....

Abração

e Parabéns, pelo ótimo Post

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