No dia 12 de maio de 1907, na cidade de Hatford/Connecticut EUA; nascia Katharine Houghton Hepburn, ou simplesmente Katharine Hepburn, uma das maiores e mais premiadas atrizes do cinema mundial. Filha do médico urologista Thomas Norval Hepburn e de Katharine Martha Hought, ativista feminina do início do século, Kate (como era tratada pelos amigos); durante a infância gostava de ser chamada por Jimmy e cortava os cabelos bem curtos, feito um menino. A morte do irmão mais velho, Tom, encontrado enforcado no dia 3 de abril de 1921 sob suspeita de suicídio (embora a família atribuísse o fato à um infeliz acidente) causou certo desequilíbrio emocional em Kate.
Ela passou a ser uma criança nervosa, temperamental e extremamente desconfiada. Essa mudança de comportamento contribuiu contribuiu para que deixasse Oxford e somente três anos mais tarde, retornou aos estudos, desta feita no Bryn Mawr College. Relutante e rebelde nos primeiros anos, perdeu várias oportunidades de atuar em peças promovidas pela entidade, no entanto, conseguiu superar suas dificuldade, e no último ano desempenhou um importante papel na peça "A Mulher na Lua"; o que a motivou seguir a carreira artística. No dia seguinte a sua formatura, viajou para Baltimore à convite do diretor Edwin H. Knopof, atuando na peça "Czarina", recebeu vários elogios, porém as críticas recebidas no segundo trabalho fizeram-na deixar Baltimore e mudar-se para Nova York, onde estudou aprimoramento de fala.
Knopf iniciou as produções da peça "Big Pond" em Nova York e pediu Kate para o papel principal; promovendo a dispensa da atriz inicialmente escalada para o papel. Porém, nervosa, teve uma atuação desastrosa na noite de estreia, e acabou por ser demitida. Perseverante, estreou na Broadway em novembro de 1928, no Teatro Cor, porém novamente sob críticas negativas. Optou por abandonar os palcos e casou-se com Ludlow Ogden Smith no mesmo ano. Entretanto, a necessidade financeira fez com que retornasse aos palcos em Connecticut. Em 1931, convidada para ser a estrela da peça "The Animal Kingdow" ao lado do ator britânico Leslie Howard; acreditava ser a grande chance da sua vida. Novamente foi dispensada pois Howard não gostava dela. Incidentes à parte, isto contribuiu para que fosse convidada para desempenhar o papel principal na peça "O Marido da Guerreira", que permaneceu em cartaz durante três meses, rendendo-lhe vários elogios por parte dos críticos.
Tal sucesso foi fundamental para estrear nas telas do cinema em 1932, no filme "A Bill of Divorcement" ao lado do ator John Barrymore, sob a direção de George Cukor. O filme foi aplaudido pela crítica, que não poupou elogios à Kate, e com isso, assinou seu primeiro contrato profissional junto à RKO. Este trabalho aproximou Kate e George, que se tornaram grandes amigos e parceiros numa dezena de filmes. A inconstância ainda fazia parte marcante de sua característica, pois no ano seguinte, em seu segundo trabalho no filme Cristopher Strong; voltou a ser criticada. No mesmo ano (1933), recebeu o Oscar de Melhor Atriz com sua atuação em Morning Glory; o primeiro de sua conturbada carreira. Curiosamente, não compareceu à festa de entrega do prêmio.
Seu próximo trabalho, Little Women (1933) é considerado um dos maiores sucessos da indústria cinematográfica de todos os tempos; e lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Veneza. Vindo na contramão, em 1934 (mesmo ano em que se divorciou de Smith), atuou em Spifire, considerado por muitos um de seus piores trabalhos. A este, seguiram-se Little Minister e Break of Hearts (com Charles Boyer), mais dois fracassos contundentes. Em 1935, com excelente atuação em Alice Adams, recuperou o prestígio desgastado e nova indicação ao Oscar de Melhor Atriz. Sua carreira foi pautada de altos e baixos; e sua primeira experiência ao lado de Cary Grant no filme Silvia Scarlet (1935) trouxe-lhe novamente críticas severas ao seu desempenho, o que prevaleceu em Mary of Scotland de John Ford (1936), A Woman Rebels e Quality Street (ambos de 1937).
Foi um período de turbulência junto a imprensa com a qual era sempre rude e provocativa. Ainda em 1937, atuou ao lado de Ginger Rogers em Stage Door, que apesar de concorrer ao Oscar de Melhor Filme, não foi o sucesso de bilheteria esperado pela RKO. No ano seguinte encerrou seu contrato com a RKO no filme Bringing up Baby, novamente ao lado de Cary Grant. Nesse período de fracassos, Kate passou a fazer parte de uma lista de atores e atrizes considerados "Veneno de Bilheteria", ou seja, sinônimo de fracasso de arrecadação. Findo o contrato com a RKO, assinou com a Columbia Pictures para estrelar Holiday (1938), mais uma vez com Cary Grant e sobre a direção de George Cukor.O filme foi bem recebido pela crítica, contudo o estigma de fracasso financeiro perdurou. Insatisfeita, deixou Hollywood e retornou ao teatro na peça The Philadelphia Story.Prevendo o sucesso que a peça poderia proporcionar, Howard Hughes (seu atual namorado) comprou-lhe os direitos cinematográficos da mesma.
E realmente, o sucesso de crítica e financeiro ressurgiram em cerca de 417 apresentações. Em 1940, Kate vendeu seus direitos de filmagem da peça para a MGM com a condição de que o filme fosse dirigido por George Cukor e contasse com Cary Grant no elenco principal que já tinha James Stewart. O filme foi considerado um dos maiores sucessos do ano e rendeu a Kate sua terceira indicação ao Oscar de Melhor Atriz. A partir daí, sua carreira deslanchou de tal maneira que recebeu mais nove indicações ao Oscar de Melhor Atriz, vencendo novamente em 1968 com Guess Who's Come to Dinner, em 1969 com The Lion in Winter e em 1982 com On Golden Pond. Em 1951, uma indicação por The African Queen ao lado de Humphrey Bogart (que arrebatou o Oscar de Melhor Ator); considerado um dos encontros mais carismáticos do cinema norte-americano.
Kate participou de várias produções para TV e atuou ao lado de ícones como: Robert Taylor e Robert Mitchum em Undercurrent (1946), Spencer Tracy em Adams Rib (1949) Burt Lancaster em Rainmaker (1956), Elizabeth Taylor e Montgomery Clift em Suddenly Last Summer (1959). Atriz de longevidade no mundo da sétima arte, despediu-se das telas em 1994 no filme Love Affair do diretor Glen Gordon Caron; e na TV, no mesmo ano,no filme Um Natal, pelo qual recebeu indicações ao Scream Actors Guild Award, aos 87 anos de idade. Na vida pessoa, casou-se apenas uma vez com Ludlow Ogden Smith, relacionamento que durou 6 anos (1928-1934). Em 1936 envolveu-se por dois anos com Howard Hughes; porém muitos consideram seu relacionamento com Spencer Tracy o mais importante de sua vida. Entretanto, após o divórcio com Smith, optou por não contrair mais matrimônio e manteve-se firme em sua decisão de não ter filhos. A partir de 1996, sua saúde começou a se deteriorar, levando-a a ser hospitalizada com pneumonia. Em maio de 2003 foi diagnosticado um tumor agressivo em seu pescoço, e no dia 29 de junho do mesmo ano, faleceu aos 96 anos de idade. O presidente George W. Bush disse em certa ocasião, que Katharine Hepburn será lembrada como um dos "tesouros artísticos" do país.
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
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6 comentários:
Kate, minha atriz favorita! Amo-a demais!
Muito bacana você destacar a trajetória dela também nos palcos. Gostaria que vários dos críticos do início da carreira estivessem vivos quando ela foi nomeada a maior lenda do cinema.
Beijos!
Oi Rubi!
Nossa, essa foi uma diva do cinema *.*
Petit Cossette é um anime muito pouco conhecido mesmo..eu pensei até que vc acharia interessante por ele ter essa temática "antiga" na história. A última imagem é de fato, uma obra de arte...e o anime mostra isso nos retratos..tanto é que no final o protagonista pinta um retrato da garota usando seu próprio sangue @_@ Valeu por curtir o post dessa obra, que me fez pensar e pensar muito..se eu escrevesse mais acabaria contando partes importantes da história, precisei me controlar.
O pior é que depois que fiz a postagem do AF um colega meu finalmente me mandou as fotos que ele tirou e tinha cada uma legal..aos poucos vou postando no face mas algumas acho que vou ter que fazer uma nova postagem no blog rs.
bom, espedro poder contar com alguma encomenda nova sua para a lojinha...não sei se vc notou, mas há novos produtos agora ^^ Alguns bem úteis!
bjs
O que mais conheço sobre ela é justamente o temperamento, de como tratava fãs, enfim, mas foi uma das divas mais marcantes, pelo trabalho e comportamento. Não sou fã, mas acho fantástica sua trajetória.
Uma das maiores atrizes de todos os tempos; Ela tinha uma personalidade única, e provavelmente foi á atriz mais complexa que já pisou os pés em hollywood. Dúvido que outra ira conseguir ser tão amada e odiada ao mesmo tempo, como Katherine.
Ola,achei Katerine sensacional em todos os filmes que dela assisti,.Independente de ser uma pessoa enigmática acho que ela foi um grande mito em sua época.Adorei tua postagem sobre ela..Grande abraço.SU
Maravilhosa atriz!
Sem dúvidas, uma das maiores da história do cinema.
Parabéns pelo ótimo post e pela ótima homenagem a essa diva Rubi!
Abraços!
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