terça-feira, 24 de abril de 2012

Lilli Palmer

No dia 24 de maio de 1914 em Posen, Prússia - Alemanha; nascia a pequena Lilli Marie Peiser que mais tarde surpreenderia o mundo com seu enorme talento artístico ostentando o nome de Lilli Palmer. Filha de Alfred Peiser, cirurgião alemão de origem judaica e Rose Lissman atriz austríaca de teatro judeu, Lilli adotou o sobrenome Palmer de uma atriz britânica da qual era fã. Aos 4 anos de idade, mudou-se para Berlim com os pais e as irmãs, onde mais tarde frequentou aulas de teatro até 1933. Com a opressão nazista, no mesmo ano, fugiu para Paris, onde passou a trabalhar em cabarés atraindo a atenção de observadores ingleses que lhe ofereceram um contrato para atuar na Gaumont Film Company, na qual fez a sua estreia no cinema em 1935 no filme Crime Unlimited. Em 1943 casou-se com o ator Rex Harrison, e dois anos mais tarde mudou-se para Hollywood onde assinou contrato com a Warner Brothers.

Participou de várias produções com grande destaque para Cloak and Dagger de 1946 sob a direção de Fritz Lang e Body and Soul de 1947 (Robert Rossen). Neste período inicial, periodicamente emprestava seu talento a peças teatrais e chegou a fazer parte de uma série de TV em 1951. Ainda no início dos anos 50 estrelou ao lado do marido a peça "Bell, Book and Candle" nos palcos da Broadway. Em 1953 teve seu primeiro reconhecimento ao ganhar o prêmio Volpi Cup for Best Actress (melhor atriz) por seu papel no filme The Four Poster. Apesar da cumplicidade artística e do filho Carey Harrison, seu casamento com Rex chegou ao fim em 1956 por conta dos incontáveis casos de amor extra-conjugais do marido; inclusive com Carole Landis que chegou a cometer suicídio com o fim de seu envolvimento com Rex.

(Foto ao lado: Lilli Palmer e Rex Harrison) Em 1954, retornou para Alemanha onde deu continuidade em sua carreira atuando em vários filmes e produções para TV, com destaque para o filme Feuerwerk no qual Lilli contempla seus fãs com seu talento musical na interpretação da canção "Oh mein Papa". Em 1957 foi contemplada com o prêmio Deutscher Filmpreis (melhor atriz) por sua atuação no filme The Story of Anastasia no papel de Anna Anderson. No ano seguinte, convidada pelo diretor Géza von Radványi, interpetou o papel da professora Fraeulein Elisabeth von Bernburg no filme Mädchen in Uniform, ao lado de Romy Schneider. A esta parceria, seguiram-se outras de igual importância tais como em Pleasure of His Company ao lado de Fred Astaire e Debbie Reynolds, The Counterfeit Traitor ao lado de William Holden e Miracle of the White Stallions com Robert Taylor numa produção da Disney. Em 1974 fez parte do elenco da minissérie televisiva The Zoo Gang lançada pela ITC Entertainment, ao lado dos atores Brian Keith, Sir John Mills e Barry Morse.

Em sua volta a Alemanha Lilli casou-se com o ator argentino Carlos Thompson em 1957 com o qual permaneceu casada até 1986 quando aos 71 anos faleceu vítima de câncer. Atriz de talento incomum nos palcos e no cinema, Lilli Palmer conquistou vários prêmios ao longo de sua carreira e revelava outras facetas como a de escritora e pintora; sua última participação nas telas do cinema foi em The Holcroft Covenant (1985), e na TV foi na série Peter the Great (1986). Apesar de suas origens, Lilli Palmer deixou sua marca registrada na Calçada da Fama de Hollywood.




 


Lilli Palmer segundo Lilli Marie Peiser
No livro Ciranda Cirandinha - A contradança de uma Vida, Lilli Palmer revela seu lado de escritora produzindo esta autobiografia relatando passagens divertidas de sua infância e juventude até ingressar no hall dos grandes atores. De uma forma eloquente regada de um bom humor incontido Lilli fala de suas amigas de infância e das traquinagens que aprontavam; revela momentos de dificuldades e superação durante a busca por seus ideais na adolescência e, em especial, do difícil relacionamento com o diretor Fritz Lang. A forma descompromissada com que ela descreve todos esses fatos tornam a leitura divertida e cheia de surpresas.  


 Eu já me considerava uma fã de seu trabalho, porém com a leitura desse livro Lilli conseguiu me cativar ainda mais não só pela grande atriz que se tornou mas também pelo exemplo de superação e dedicação numa época em que o simples fato de sua origem judaica torna-la um alvo da insanidade de um regime como foi o nazismo. Mesmo para quem não a conhece, recomedo este livro.

10 comentários:

May Pacheco disse...

tenho uma festa rockabilly pra ir neste sábado... encontrei o penteado neste post hehe o da quarta foto. vo torcer assim a franja *---* que mulher linda.
Bjss

Iza disse...

Que linda ela e talentosa. Adorei o video que disponibilizasse no blog. Ela era muito talentosa; essa música Oh Mein Papa ficou na minha cabeça. Beijos :)

Tsu disse...

Oi Rubi!
Acho que já falei isso antes mas admiro pacas esses atores e atrizes que lutaram e causaram polêmica na época que suas origens ou opiniões iam contra o sistema! Época em que o cinema era também um prostesto!
Pode sempre falar o que acha das sessões cosplay! Isso me incentiva a pesquisar cada vez mais e trazer Os cosplays kkkk. De fato, tento selecionar os melhores que acho mas mesmo assim tinha cosplays ótimos que precisei deixar de fora senão a lista ficaria enorme.
Roteiro deve ser dificil defazer..no meu livro logo já tô começando a revisar as partes que escrevi e olha que a história ainda tem muita coisa. Mas vou alterar diversos pontos á medida que reviso. Pelo menos essa é a intenção kkk.
bjs

Bia Alencar disse...

Linda, inspiradora e que incrível carreira! Sempre é muito bom passar por aqui Rubi, bjoos

Bruna Worspite disse...

Que linda ela e com uma belíssima carreira, história de vida.. é um exemplo para quem quer seguir uma carreira de atriz!


Bjss
http://bruhworspite.blogspot.com.br/

Maxwell Soares disse...

Oi, Rubi. Lilli Marie Peiser é maravilhosa. Não conhecia. Parece-me que o alemão na boca dela torna-se veludo. Mesmo o acento carregado germânico parece doce quando ela canta. Gostei. Mas uma vez, parabéns...

Patrícia disse...

Uma verdadeira artista atriz, escritora e pitora...graças a Deus, ela fugiu do maldito nazismo, não conseguiram tirar seu brilho. Lindo Rubi, vc é uma ótima pesquisadora.Bjs querida bom fim de semana

ANTONIO NAHUD disse...

Uma grande atriz, super expressiva. Gosto muito dela em OS AMANTES DE MONTPARNASSE. Fiquei curioso em relação ao livro.

O Falcão Maltês

disse...

Além de muito bonita, super versátil: atriz, escritora e pintora! UAU! Fazia um belo casal com Rex Harrison.
Beijos!

Jose Ramon Santana Vazquez disse...

Un regalo que nos haces con la historia de Lili Palmer,un feliz fin de semana,un abrazo.J.R.

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