Muitas obras literárias ganharam adaptações cinematográficas anos após suas publicações. Grande parte dessas produções alcançaram níveis surpeendentes de qualidade e bilheterias; algumas delas ainda são refeitas nos dias atuais, contando com efeitos tecnológicos mais avançados e adaptações que fogem ao roteiro original. Entre obras que contaram com várias versões, destacam-se Alice in Wonderland (Alice no País das Maravilhas) de LewiS Carrol, Snow White and the Seven Dwarfs (Branca de Neve e os Sete Anões) dos Irmãos Grimm, The Wizard of Oz (O Mágico de Oz) de L.Frank Baum, The Blue Bird (O Pássaro Azul) do escritor belga Maurice Maeterlinck, e tantos outros. O post de hoje trará uma das versões deste último conto. Em 1910, sob a direção do próprio escritor, The Blue Bird recebeu sua primeira versão para as telas do cinema com os atores Pauline Gilmer e Olive Walter, nos papeis de Mytyl e Tytyl, respectivamente. Em 1918 o diretor Maurice Tourneur, após muito estudo e preparação, dirigiu a segunda versão trazendo no elenco os atores mirins Tula Belle (Mytyl) e Robin Macdougall (Tyltyl) como protagonistas.
A história começa com Berlingot (Edward Elkas) indo à casa dos pais de Tyltyl e Mytyl (interpretados por Edwin E. Reed e Emma Lowry), para pedir emprestado o pássaro da família, pois isso alegraria sua filha doente (Katherine Bianchi). Mytyl no entanto, se recusa a dar o pássaro, e naquela mesma noite ao dormir é surpreendida pela fada Bérylune (Lillian Cook) que entrega um chapéu mágico a Tyltyl, e ordena que ambos procurem o pássaro azul (pássaro da felicidade). À partir daí, a história traz vários personagens a trama. Apesar de seu ano de produção, quando a indústria cinematográfica ainda não contava com grandes recursos técnicos, o filme apresenta boa qualidade nos efeitos especiais. The Blue Bird é uma obra cheia de magia que traz uma preciosa lição de vida.
Bastidores: A obra e o filme
Filmado em Nova Jersey, The Blue Bird do diretor Maurice Torneur, recebeu vários elogios do New York Times, que o classificou como sendo a mais perfeita adaptação de uma obra literária para as telas do cinema. E ainda apontou os atores mirins tão angelicais, tanto na personificação dos personagens quanto na vida real. Sob os cuidados do produtor, responsável pela criação da Paramount Pictures, Adolph Zukor, o filme foi considerado cultura, histórica e esteticamente significativo pela Library of Congress dos EUA e selecionado para preservação no National Film Registry.
Além das versões de 1910 e 1918, a obra de Maurice Maeterlinck recebeu várias outras versões ao longo dos anos como em 1940 com Shirley Temple e Johnny Russell, a animação soviética de 1970, em 1976 com Patsy Kensit e Todd Lookinland (e as participações de Elizabeth Taylor, Jane Fonda e Ava Gardner), outra animação japonesa em 1980 e a versão belga de 2011 do diretor Gust Van Den Berghe, estrelado por Bafiokadie Potey e Tene Potey.
quarta-feira, 3 de abril de 2013
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7 comentários:
Caraca! Só conhecia a versão da Shirley Temple. Não sabia que existiam versões mais antigas. Bjss.
Conheço todas as versões porque após assistir com a Shirley Temple me encantei e fui pesquisar outras por saber que a obra era bem antiga.
É realmente uma história encantadora e apaixonante que as crianças deveriam assistir, mas que é esquecida!!
Um grande abraço
Conhecia apenas a versão com Shirley Temple. Vou procurar esta.
Muitos esfeitos especiais do cinema mudo são surpreendentemente bons para a época. Lembro-me em especial de Sonho de uma noite de verão, de 1909.
Beijos!
Belo filme, pena que não passa mais na televisão. Esses filmes são histórias do mundo do cinema. E muito mais.
abs
Adorei o post <3
Tá rolando sorteio lá no blog, confere lá:
shelikesrockn-roll.blogspot.com.br
Adorei
Adorei
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