quarta-feira, 1 de agosto de 2012

José Ferrer

José Vicente Ferrer de Otero y Cintron nasceu no dia 8 de janeiro de 1912 e tornou-se um expoente ator de teatro e cinema porto-riquenho, adotando apenas parte de seu nome como identificação artística: José Ferrer. Ferrer traz em sua extensa filmografia a honra de ser o primeiro ator porto-riquenho, bem como de origem hispânica, a conquistar o Oscar de Melhor Ator com brilhante atuação no filme Cyrano de Bergerac em 1950. Antes disso, em 1947 recebeu o Tony Award por sua atuação no teatro pela performance do mesmo personagem na peça Cyrano de Bergerac. Nascido em San Juan (Porto Rico), filho de Maria Providencia Cintron e Rafael Ferrer advogado e escritor, José Ferrer estudou no internato Institut Le Rosey, na Suíça e na Universidade de Princeton (EUA), onde concluiu seu bacharelado. Em 1935 estreou nos palcos da Broadway, porém somente em 1940 desempenhou um papel principal na peça Charley's Aunt. A partir daí, seu talento conduziu-o a outras importantes produções da Broadway, tais como: Iago, com Margaret Webster, Othello com Paul Robenson, entre outros.

 Contudo, foi seu desempenho na peça Cyrano de Bergerac em 1946, que lhe abriu as portas para as telas de cinema, como ator coadjuvante no filme Joan of Arc, com Ingrid Bergman (1948). No ano seguinte já recebia papeis principais nos filmes Whirlpool com Gene Tierney (1949) e Crisis com Cary Grant; até desempenhar o grande papel de sua vida na adaptação da peça teatral, Cyrano de Bergerac (1950). Isto rendeu-lhe ainda participação no filme Moulin Rouge de 1952 no papel de Toulouse-Lautrec.

Com o sucesso alcançado nestas produções, Ferrer passou a dedicar-se na sua carreira cinematográfica, abrindo espaços ocasionais para uma participação ou outra no teatro como ator e diretor, onde acumulou alguns fracassos como o musical Juno e outros sucessos, como o musical Man of La Mancha, onde atuou como Miguel de Cervantes. Voltando a sua carreira como ator de cinema, Ferrer ainda teve seu nome lembrado para incluir o elenco de grandes produções, como Lawrence of Arabia no papel do turco Bey (1962), The Greatest Story Ever Told (1965), no papel de Herod Antipas, Ship of Fools (1965) no papel de Siegfried Rieber, Midsummer Night's Sex Comedy (1982) de Woody Allen, To be or Not To be (1983) no papel do professor Siletski e Dune (1984) como o Imperador Saddam Corrino IV. José Ferrer era um artista de talentos múltiplos, e isto ficou marcado não somente no teatro e cinema, como também no rádio, onde interpretou o personagem Philo Vance (detetive de uma série levada ao ar em 1945); e na televisão, com participação em vários seriados, tais como Bewitched (A Feiticeira), Columbo e The Little Drummer Boy.

Na vida pessoal, Ferrer acumulou cinco matrimônios; Uta Hagen em 1938 com a qual teve uma filha (Letícia) no ano seguinte, divorciando-se em 1948. No mesmo ano, casou-se com Phyllis Hill divorciando-se em 1953. Pouco tempo depois, no mesmo ano, casou-se com Rosemary Clooney com a qual teve cinco filhos: Miguel, Maria, Gabriel Monsita e Rafael. Apesar do divórcio, em 1961, casou-se pela segunda vez em 1964 mas o novo relacionamento durou pouco tempo, devido a suspeitas de traição por parte de Ferrer. Em 1977, casou-se com Stella Magee, pivô da separação com Rosemary Clooney, permanecendo com ela até 1992. Ferrer orgulhava-se de suas origens e como prova, doou o Oscar ganho em 1950 à Universidade de Porto Rico. Em 1981 teve seu nome colocado no American Theatre Hall of Fame e quatro anos depois, foi premiado com o National Medal of Arts. Em seus últimos anos de vida, Ferrer lutou bravamente contra um câncer de cólon falecendo no dia 26 de janeiro de 1992 em Coral Gables, Flórida; sendo sepultado em sua cidade natal, San Juan, Porto Rico.

16 comentários:

Nicole Oliva disse...

porque não pode participar do sorteio ? :(

Grande beijo!

renatocinema disse...

Sinceridade. Como fã de história do cinema, sou obrigado a divulgar seu belo site.

Não precisa agradecer.

abs

renatocinema disse...

Essa canção é mágica......viajo pelo cinema.

Simara Pink disse...

Oi Lindona !
Otimo saber coisas desse tipo, enriquece a mente da gente.
Seguindo e amando seu blog.
Espero sua linda visita.
Meu Blog: http://www.plantaodabeleza.com.br/
Minha Lojinha: http://lojinha-blogchic.blogspot.com/
BeijosssssssssssSimara

Patrícia disse...

Sensacional pesquisa , mais uma vez, parabéns!
Eu adoro Lawrence of Arabia tenho guardadinho aqui em casa , vou rever pra lembrar desse ator.
Bjão , Rubi

Anônimo disse...

Oii Rubi,fazia um tempão que não vinha no seu blog. Sempre com postagens interessantes,quase sempre que faço uma visita ao seu blog saio dele com um pouco mais de conhecimento sobre a história do cinema. Parabéns pelo trabalho. Beijo.

http://cafajestesedentarios.blogspot.com.br/

disse...

Imagine como ele deveria ter interpretado O Homem de La Mancha no teatro. Adoro a versão musical da peça, de 1972.
Gostei mais dele quando fiquei sabendo que teve uma filha com o meu nome :)
Beijos!

Bruna Worspite disse...

Muito bom pode conhecer um pouco mais da história, deste que marcou o cenário teatral!


Bjs

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Bia Alencar disse...

Seu post me deu mais vontade de ver um filme dele! Eu ainda não vi Lawrence of Arabia :( nunca encontrei o filme na internet, e quanto passou no canal de filmes clássicos o TCM, eu perdi. Mas eu ainda vou encontra-lo :D

M. disse...

Orgulho de Porto Rico! E tudo o que eu sabia sobre este ator, ainda era muito superficial antes de ler seu texto. Abraço grande.

Maxwell Soares disse...

Oi, Rubi. Pelo acabei de ler, Josè Ferrer só fez bons trabalhos. E belos clássicos. Parece-me que há uma versão moderna do Lawrence of Arabia. Preciso vê-lo, urgentemente. No entanto, melhor seria se encontrasse esse em que José trabalhou. Mais uma vez, parabéns. Um abraço, Rubi.

Jefferson C. Vendrame disse...

Olá Rubi, como vai?
Mais uma vez um ótimo post, com uma ótima biografia.
Não sabia que Ferrer era latino, com ele só vi Lawrence da Arábia e A Maior História de Todos os Tempos (e o filme mais chato de todos os tempos também)
Parabéns pelo Texto, grande abraço...

Jefferson C. Vendrame disse...

Ah, já ia me esquecendo, assisti um filme francês de 1934 que veio como bônus em um segundo DVD do filme Carrossel(1956) que comprei essa semana. O Filme dirigido por Fritz Lang se chama Liliom e é bem interessante, conhece?

Grande abraço...

Tsu disse...

Oi Rubi ^^
Gosto de mais por você apresentar esses artistas clássicos, com seus trabalhos e histórias de vida!
Sério que a Aurora é sua personagem preferida da Disney? Eu também gosto dela a acho a princesa mais poderosa da Disney. Pq? Oras, porque ela, com apenas um encontro e depois ficou lá dormindo, fez com que o príncipe matasse um DRAGÃO por ela ahshashashahsahshas.
Ah eu lembro dessa coleção de fita K7...eu tinha porém, as fitas em VHS da Disney...agora tenho tudo em dvd RS.
a Bienal não é ainda...eu vou no sábado dia 18 o/
bjs

Angel disse...

E que bagagem cultural e conteúdo profissional, embora eu goste muito de filmes não me considero cinéfila e é sempre uma novidade pra mim seus post´s.
Bjo ;)

ANTONIO NAHUD disse...

O Ferrer roubava a cena. Que intensidade!

O Falcão Maltês

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